Em carta, EUA lamentam mortes de policiais em megaoperação no Rio e oferecem 'qualquer apoio necessário'
Um representante do governo americano enviou uma carta para o secretário de Segurança do Estado do Rio de Janeiro, Victor Santos, para lamentar a morte de policiais na megaoperação dos complexos da Penha e Alemão na semana passada. O texto também oferece às autoridades brasileiras "qualquer apoio que se faça necessário". O documento é assinado por James Sparks, da Divisão Antidrogas dos Estados Unidos (DEA).
"É com profundo pesar que expressamos nossas mais sinceras condolências pela trágica perda dos quatro policiais que tombaram no cumprimento do dever, durante a recente Operação Contenção no Complexo do Alemão. Sabemos que a missão de proteger a sociedade exige coragem, dedicação e sacrifício, e reconhecemos o valor e a honra desses profissionais que deram suas vidas em defesa da segurança pública", diz um trecho do documento.
A carta acrescenta que o governo americano está enlutado pela morte dos policiais em serviço.
"Neste momento de luto, reiteramos nosso respeito e admiração pelo trabalho incansável das forças de segurança do Estado e colocamo-nos à disposição para qualquer apoio que se faça necessário. Receba, Senhor Secretário, nossos votos de força e consolo diante dessa irreparável perda", diz a carta.
A operação resultou na morte de 121 pessoas, sendo quatro policiais - dois civis e dois militares. As outras 117 pessoas, segundo a polícia, tinham envolvimento com o tráfico de drogas. A ação policial tinha como alvo traficantes do Comando Vermelho.
Os policiais mortos são:
Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho, 51 anos, conhecido como Máskara, comissário da 53ª DP (Mesquita);
Rodrigo Velloso Cabral, 34 anos, da 39ª DP (Pavuna);
Cleiton Serafim Gonçalves, 42 anos, 3º sargento do Bope;
Heber Carvalho da Fonseca, 39 anos, 3º sargento do Bope.
