Efeito borboleta? Lesão sofrida por Léo Ortiz ocasionou titularidade de Danilo, herói da final entre Flamengo e Palmeiras
Como uma dividida na 29º rodada do Campeonato Brasileiro poderia ocasionar um título na Copa Libertadores? Internautas usaram a ideia do "efeito borboleta" para explicar. Desenvolvida pelo meteorologista Edward Lorenz, em 1961, a teoria diz que atos aparentemente isolados e insignificantes podem levar a mudanças significativas no futuro. Durante o jogo do Palmeiras e Flamengo, no Brasileirão, a saída de Léo Ortiz, por lesão, que gerou um gol de Vitor Roque, também conduziu Danilo ao caminho para ser o herói improvável na final do torneio continental, em Lima, mais de um mês depois.
Então zagueiro titular, Léo Ortiz fazia uma dupla imponente ao lado de Léo Pereira. Eles não sofreram gols em metade das partidas (26) que fizeram nesta temporada. Ele se machucou em um lance isolado com Vitor Roque. O atacante caiu por cima do tornozelo do zagueiro. Durante o tempo fora de campo, para tentar tratar as dores, ele viu o adversário, que estava em ótima fase, somar mais um gol na temporada e empatar o duelo, usando justamente o espaço deixado pelo defensor.
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Ortiz não apenas não conseguiu voltar ao jogo, como ficou de "molho" por dez dias por conta de um estiramento do ligamento do tornozelo direito. Desfalque de peso para a equipe de Filipe Luís, o jogador ainda retornou a campo no duelo de volta da semifinal da Libertadores contra o Racing-ARG, no dia 29 de outubro, mas teve uma piora do seu quadro e, desde então, não retornou mais a campo.
Léo Ortiz
Reprodução TV Globo
— Voltei a treinar na semana da final, faria de tudo para estar disponível. Me coloquei à disposição, mas não estava nas melhores condições. Tive uma ruptura parcial de ligamento contra o Racing. Senti uma dor, manquei, mas segui jogando — disse o jogador, após a final. — Era para ser ele [Danilo], acredito muito disso. Me coloquei à disposição, ele está batalhando muito também. Nosso dever é se colocar à disposição”, disse o defensor.
Danilo ergue a taça da Copa Libertadores, conquistada pelo Flamengo após seu gol contra o Palmeiras
Ernesto Benavides/AFP
Durante este tempo, o Flamengo passou a contar com Danilo, que embora seja um nome renomado, sofreu inicialmente com o ritmo de jogos no retorno ao Brasil. Independentemente disso, o jogador chegou na final e conseguiu fazer um grande duelo defensivo, cometendo poucos erros e, principalmente, fazendo o gol derradeiro.
Aos 21 minutos do segundo tempo Arrascaeta bateu um escanteio para a área e o jogador se projetou mais rápido e desmarcado entre os adversários para fazer o gol do inédito tetracampeonato de um clube brasileiro na Libertadores.
