Dono do Banco Master e ex-presidente do BRB prestam depoimento à PF

 

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O dono do banco Master, Daniel Vorcaro, chegou ao STF antes do meio dia para a oitiva marcada para às 14h. Ele é ouvido por uma delegada da PF há mais de três horas. Assim como o ex-presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, e o diretor de fiscalização do Banco Central, Ailton de Aquino.

O ministro Dias Toffoli tinha marcado uma acareação entre os três para esclarecer pontos sobre a liquidação do banco Master, mas recuou em meio às críticas sobre o procedimento, que é inédito. Após os depoimentos, caberá à delegada responsável por conduzir as oitivas decidir se haverá acareação entre os envolvidos. As oitivas serão acompanhadas por um juiz auxiliar do gabinete de Toffoli, além de integrante do Ministério Público.

No fim de semana, o ministro afirmou que o diretor Ailton de Aquino não é investigado, embora tenha destacado que a apuração envolve a atuação da autoridade reguladora. Toffoli rejeitou ainda o recurso do Banco Central que pedia esclarecimentos sobre o motivo da acareação. Os depoimentos ocorrem após a tentativa de venda do Master ao BRB, vetada pelo Banco Central, que posteriormente resultou na liquidação do banco. A decisão do BC ocorreu no mesmo dia da operação da PF que levou à prisão de Vorcaro e de outros executivos, depois soltos, sob suspeita de fraudes.

Nesta segunda-feira, o Banco Central protocolou no Tribunal de Contas da União esclarecimentos sobre o processo de liquidação do Banco Master. A resposta atende a uma determinação do ministro Jhonatan de Jesus, que conduz o processo sobre possível omissão do BC na condução do caso. O processo é sigiloso. Agora, o TCU vai analisar se o Banco Central apresentou fundamentos técnicos e jurídicos para a decretação da liquidação, se avaliou alternativas menos gravosas previstas em lei e se houve divergências internas durante o processo decisório. Também foi solicitada uma linha do tempo das negociações anteriores ao encerramento das atividades do banco.