Desembargador Macário Judice Neto é preso na 2ª fase da Operação Unha e Carne no Rio

 

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O desembargador Macário Judice Neto, preso nesta terça-feira na segunda fase da operação Unha e Carne, chegou à sede da Polícia Federal, no Centro do Rio. A viatura da PF que conduziu o magistrado chegou ao prédio pouco antes de 8h30. Macário era relator de um caso envolvendo o ex-deputado estadual TH Joias no Tribunal Regional Federal da 2ª Região. Os agentes fazem investigam o vazamento de informações sigilosas em inquéritos envolvendo o Comando Vermelho.

Os agentes realizam, no Rio de Janeiro e no Espírito Santo, a segunda fase da Operação Unha e Carne, que investiga o vazamento de informações sigilosas em inquéritos envolvendo o Comando Vermelho.

São cumpridos dez mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, no Rio de Janeiro e no Espírito Santo. Um dos alvos seria o deputado Rodrigo Bacellar, do União Brasil, presidente afastado da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

Na primeira fase, no início do mês, a ação resultou na prisão de Bacellar, que foi solto dias depois, após avaliação do plenário da Alerj. O ministro Alexandre de Moraes determinou que ele fique afastado da presidência e use tornozeleira eletrônica.

O desembargador Macário Judice Neto, preso hoje, é o relator do processo envolvendo o ex-deputado Thiego Raimundo dos Santos, o TH Joias, preso em setembro por ligação com o Comando Vermelho.

Em 2023, Macário voltou à magistratura e foi promovido a desembargador. Ele ficou afastado por 17 anos por causa de sua atuação polêmica como juiz federal no Espírito Santo.

A mulher dele, Flávia Judice, atuava no gabinete da diretoria-geral da Alerj até o início do mês passado, quando a investigação que mira o ex-deputado estadual já estava em curso.

A ação desta terça-feira se insere no contexto da decisão do STF no âmbito do julgamento da ADPF das Favelas que, entre outras providências, determinou que a Polícia Federal conduzisse investigações sobre a atuação dos principais grupos criminosos violentos em atividade no estado e suas conexões com agentes públicos.

Procurados pela CBN, o Tribunal Regional Federal da 2ª Região e a defesa de Rodrigo Bacellar ainda não responderam.