Cristina Kirchner leva bronca de juiz ao ignorar câmera em novo julgamento por corrupção; veja vídeo

 

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A ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner foi repreendida pelos juízes no primeiro dia de um novo julgamento por corrupção, ao não aparecer na câmera durante a audiência virtual. O juiz Enrique Méndez Signori interrompeu a sessão e exigiu que todos os réus fossem visíveis, lembrando que a leitura das acusações deve ocorrer “na presença deles”.

Caso dos cadernos: Cristina Kirchner e outros 86 réus enfrentam maior julgamento de corrupção da História da Argentina

— Nem todos os acusados aparecem diante das câmeras; é dever do tribunal garantir que essa leitura seja feita na presença deles, então peço que o façam — disse o magistrado. Após a cobrança, o advogado Carlos Beraldi, que defende Cristina, ajustou o enquadramento para que a ex-presidente pudesse ser vista.

Veja o momento:

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O julgamento, iniciado nesta quinta-feira, envolve 87 acusados, entre eles 65 empresários e 22 ex-funcionários dos governos de Cristina e Néstor Kirchner, no chamado caso “Cuadernos” — um suposto esquema de propinas documentado em cadernos pelo ex-motorista Oscar Centeno. Segundo a promotoria, a ex-presidente teria recebido 38 pagamentos ilegais que somam US$ 17 milhões (R$ 91 milhões) para favorecer contratos de obras públicas.

As sessões, realizadas por videoconferência às quintas-feiras, devem se estender por meses e ouvir 626 testemunhas. Cristina cumpre prisão domiciliar após condenação anterior a seis anos de prisão no caso “Vialidad”, que também envolve irregularidades em obras rodoviárias.

Pelo X, a peronista classificou o novo processo como uma “farsa judicial”:

“Hoje começa mais uma farsa em Comodoro Py. Parece que me prender e me banir no caso Vialidad não foi suficiente. Precisam manter essa farsa viva para continuar me pressionando.”

As acusações incluem liderar uma associação criminosa e receber subornos. Caso seja novamente condenada, a nova pena será somada à anterior. O caso reacende a crise política no peronismo, que tenta se reestruturar após a derrota eleitoral de outubro.