Crise do metanol: Lewandowski anuncia notificação de 30 estabelecimentos e análise de amostras para saber se produto é de origem vegetal ou fóssil

 

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O ministério da Justiça informou nesta terça-feira que vai notificar um total de 30 estabelecimentos comerciais que vendem bebidas alcoólicas e fornecer uma rede de laboratórios para verificar se o metanol encontrado nos produtos é de origem vegetal ou fóssil. As ações serão realizadas pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) e visam coibir a adulteração dos produtos por metanol.

— Vamos com muita clareza atacar aqueles comerciantes que estão alterando as bebidas de forma intencional. Essa situação de saber a origem do metanol é muito importante, porque direciona as investigações. E não podemos paralisar o setor de bebidas — afirmou o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski.

O ministro estava acompanhado do secretário Nacional do Consumidor, Paulo Pereira, e da secretária Nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos Marta Machado. Eles se reuniram mais cedo com representantes de associações e indústrias de bebidas alcoólicas, que manifestaram preocupação sobre o impacto negativo da crise sobre as vendas no segmento.

O ministro da Justiça fez questão de pontuar que é "preciso separar o joio do trigo" e não pretende "paralisar um setor importante da economia nacional".

Ele também anunciou a criação de um comitê informal com o setor privado para combater a crise de forma "mais acelerada".

— É importante montar um comitê de enfrentamento da crise do metanol, informal, onde possa haver troca de informações, de boas práticas e anúncios das providências para avançarmos rapidamente na solução do problema — afirmou o ministro da Justiça.

Além de notificar as empresas envolvidas, o ministério da Justiça passará a receber amostras dos produtos que estão sendo coletados em vistorias a fábricas clandestinas pelo Brasil.

O objetivo é fazer uma análise isotópica para tentar determinar a origem do metanol encontrado nas bebidas.