Consórcio Petrobras–Shell arremata áreas de Mero e Atapu por R$ 8,8 bilhões em leilão sem concorrência
O consórcio Mero, formado por Petrobras e Shell, arrematou sem concorrência os direitos de exploração de áreas não contratadas das jazidas de Mero e Atapu, no pré-sal da Bacia de Santos. O leilão, conduzido nesta quinta-feira (4) pela Pré-Sal Petróleo (PPSA) na sede da B3, em São Paulo, foi considerado estratégico para reforçar o caixa federal em 2026.
As ofertas totalizaram R$ 8,8 bilhões — abaixo da projeção do governo Lula, que esperava mais de R$ 10 bilhões, e distante das estimativas iniciais do Ministério da Fazenda, que chegavam a R$ 14 bilhões.
Embora dez empresas tenham se credenciado para participar, apenas o consórcio Petrobras–Shell apresentou proposta. O lote 2, referente ao campo de Tupi, cujo valor mínimo era de R$ 800 milhões, não recebeu ofertas.
O certame só foi autorizado na véspera pelo Tribunal de Contas da União, que rejeitou um pedido do Ministério Público para suspender o processo por supostas irregularidades.
A realização do leilão, sem novos entraves, era considerada crucial. Um novo embaraço poderia obrigar o governo a rever cortes de gastos e a adotar um contingenciamento extraordinário estimado em R$ 10 bilhões.
