Condenado por assédio, Luis Rubiales é atingido por ovos durante lançamento de livro em Madri
Um homem atirou ovos em Luis Rubiales, ex-presidente da Real Federação Espanhola de Futebol, condenado por agressão sexual, nesta quinta-feira, durante o lançamento de seu livro “Matem Rubiales”.
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No vídeo que circula no X, um homem gritando “canalhas” interrompe o evento no espaço Eventize e lança três ovos contra Rubiales. O ex-dirigente consegue se esquivar e avança em direção ao agressor, mas é contido por pessoas presentes no local.
O agressor foi dominado e retirado da sala pela polícia, permitindo que a apresentação seguisse sem novos incidentes.
Assista:
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Agressor era tio de Rubiales
Após o ocorrido, o próprio Luis Rubiales afirmou que o homem era seu tio, irmão mais novo de seu pai, também chamado Luis Rubiales, a quem reconheceu imediatamente. Segundo ele, o parente “sempre foi um encrenqueiro”. Identificado pela polícia como Luis Rubén Rubiales López, o homem foi detido por danos materiais, após quebrar um biombo avaliado em 20 mil euros durante a ação.
Condenação por agressão sexual
Em seu livro, Rubiales denuncia uma suposta conspiração midiática e política que, segundo afirma, levou à sua saída da federação após ser condenado por agressão sexual pelo beijo forçado na jogadora Jenni Hermoso.
Rubiales foi condenado em primeira instância e, depois, em apelação, ao pagamento de uma multa de US$ 12.500 por beijar a jogadora sem consentimento durante a cerimônia de entrega do troféu da Copa do Mundo Feminina, em Sydney, em 20 de agosto de 2023.
Ao longo das mais de 500 páginas — que incluem fotografias e cinquenta documentos — o ex-jogador, atualmente banido pela FIFA até 2026 pelo “caso Hermoso”, relembra que a RFEF passou de uma receita de 141 milhões de euros, quando assumiu a presidência, para mais de 400 milhões, impulsionada, entre outros fatores, pela Supercopa da Espanha na Arábia Saudita.
Rubiales também admite que o “beijo fugaz” em Hermoso foi um erro, atribuindo o gesto à euforia do momento e à tensão acumulada após meses de desgaste provocados pela rebelião das jogadoras da seleção feminina, “Las 15”, contra o então técnico Jorge Vilda.
Na preparação para o lançamento, ele declarou ao programa El Chiringuito que o beijo teria sido “consensual”, alegação negada por Hermoso e rejeitada pela Justiça espanhola.
“Como presidente, eu deveria ter sido mais calmo, mais profissional. Não, não vou me desculpar com Jenni Hermoso porque perguntei a ela e ela concordou”, reiterou. Em entrevista ao jornal Marca, acrescentou: “Reconheci meu erro no camarote e me desculpei, mas transformar isso em uma questão política é injusto”.
