Como funciona o programa de venda de casas por 1 euro na Itália, que viralizou com relato de brasileira
Uma casa por 1 euro parece um golpe de sorte, mas o que, de fato, envolve esse tipo de compra? Desde terça-feira (9), a brasileira Dinara Jane tem ajudado a responder à pergunta ao mostrar, nas redes sociais, imagens do imóvel adquirido por ela e pelo companheiro na Itália por um valor simbólico, equivalente hoje a cerca de R$ 6,48.
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O imóvel fica em Campofranco, pequena cidade da Sicília, e chamou a atenção do casal não apenas pelo preço. Segundo Dinara, pesaram fatores como privacidade, boa localização e um tamanho considerado adequado para uma reforma mais simples. O interior da casa, ainda intacto e sem intervenções, foi exibido em vídeo que já ultrapassa 800 mil visualizações no Instagram.
Assista:
Como funciona o programa de venda de casas por 1 euro na Itália, que viralizou com relato
Um programa para salvar vilarejos do abandono
A casa faz parte do chamado programa das “casas de 1 euro”, iniciativa adotada por municípios italianos que enfrentam o esvaziamento populacional. A proposta é vender imóveis abandonados por um valor simbólico para atrair novos moradores e estimular a recuperação de centros históricos.
Dinara explicou a uma seguidora, nos comentários, que esse cenário é comum: muitos herdeiros se mudam para grandes centros, os pais morrem e os imóveis acabam ficando vazios. Sem interesse ou recursos para reformar as casas ou retornar ao local, os filhos optam por deixá-las abandonadas, o que contribui para o esvaziamento gradual desses municípios.
Montagem das publicações de Dinara
Captura de tela/Redes sociais
Em troca do baixo custo inicial, os compradores assumem compromissos formais. Entre eles estão a apresentação de um projeto de reforma, o cumprimento de prazos estabelecidos pela prefeitura, o pagamento de taxas administrativas e o depósito de uma caução, que só é devolvida após a conclusão das obras.
Nas redes sociais, Dinara destacou que a escolha não foi guiada por economia. “Não escolhemos a casa por um motivo econômico, mas emocional”, escreveu. De acordo com ela, o casal buscava um lugar que estivesse alinhado ao estilo de vida que desejavam construir.
“Escolhemos um recomeço — e recomeços pedem coragem”, afirmou a brasileira, ao explicar que a decisão envolveu mais planejamento e responsabilidade do que o valor simbólico da compra pode sugerir. O caso ajuda a ilustrar que, por trás do preço de 1 euro, há um projeto de vida — e uma aposta no futuro de cidades quase esquecidas do mapa italiano.
