COI defende retorno de atletas juniores russos e bielorrussos às competições com hinos e bandeiras nacionais
O Comitê Olímpico Internacional (COI) recomendou o retorno de atletas russos e bielorrussos às competições juniores, incluindo esportes coletivos, com seus hinos e bandeiras nacionais, embora tenha mantido restrições para eventos seniores.
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Decidido na quarta-feira pelo Conselho Executivo do COI sem ser divulgado publicamente, a proposta foi aprovada na quinta-feira por representantes das federações internacionais, que, no entanto, alertaram que sua implementação "levará tempo", segundo um comunicado da organização.
A decisão foi tomada por esses delegados, bem como por representantes dos Comitês Olímpicos Nacionais, atletas e agências antidoping, que estão reunidos em Lausanne para a 14ª Cúpula Olímpica.
As partes "reconheceram que os atletas, e em particular os jovens atletas, não devem ser responsabilizados pelas ações de seus governos", explicou o COI.
"Para eles, o esporte é uma fonte de esperança e uma forma de demonstrar que todos os atletas podem seguir as mesmas regras e se respeitar mutuamente", acrescentou. Os participantes da cúpula olímpica, contudo, mantiveram as condições impostas aos atletas seniores russos e bielorrussos.
Esses atletas só podem participar de competições internacionais sob uma bandeira neutra, a título individual, e desde que não tenham apoiado publicamente a guerra na Ucrânia e não sejam funcionários das forças armadas ou dos serviços de segurança de seus países.
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Tentativa da UEFA em 2023
Além disso, dirigentes de ambas as nações permanecem banidos de competições internacionais, tanto juvenis quanto seniores, e nenhum evento internacional deve ser realizado na Rússia — sanções que estão em vigor continuamente desde a invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022.
"Agradecemos ao Comitê Executivo do COI por seus passos progressivos e consistentes em direção à restauração dos princípios fundamentais da Carta Olímpica", declarou o Ministro dos Esportes da Rússia, Mikhail Degtyarev, na plataforma Telegram.
Degtyarev prometeu continuar "trabalhando pela plena restauração dos direitos de todos" os atletas russos.
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Realizada a portas fechadas todos os anos em dezembro, a cúpula olímpica envia sinais comuns a todo o movimento olímpico, muitas vezes antecipando decisões que serão tomadas posteriormente pelo COI ou pelas federações internacionais.
A cúpula do final de 2022 anunciou o retorno gradual dos atletas russos às competições após meses de exclusão total.
Em 2023, a UEFA tentou reintegrar as seleções juvenis russas às competições europeias de futebol, sem sua bandeira, hino ou uniforme oficial, para não "puni-las" por "atos cuja responsabilidade recai exclusivamente sobre os adultos".
Mas a entidade máxima do futebol europeu teve que recuar diante das ameaças de boicote da Ucrânia e também das federações da Inglaterra, Polônia, Letônia, Lituânia, Suécia, Dinamarca, Finlândia, Irlanda, Noruega e Romênia.
