Chamado de Lula para quadruplicar combustíveis sustentáveis tem apoio de 25 países
Esse chamado foi feito pelo Brasil há um mês e reforçado pelo presidente Lula na Cúpula de Líderes, que antecedeu a COP30, em Belém. A ideia de se aumentar em quatro vezes a produção de combustíveis sustentáveis até 2035 em relação ao nível do ano passado tem o apoio de 25 países e mais um está em processo para adesão.
Esse chamado foi feito pelo Brasil há um mês e reforçado pelo presidente Lula na Cúpula de Líderes, que antecedeu a COP30, em Belém.
Nessa lista há países produtores de petróleo, como Emirados Árabes Unidos e Canadá, e países dependentes, como o Japão.
A meta é vista como crucial para o plano de se afastar dos combustíveis fósseis em setores de difícil eletrificação, como transporte aéreo, marítimo e indústria pesada.
Em entrevista à CBN na COP30, o diretor do Departamento de Energia do Itamaraty, João Marcos Paes Leme, disse que a inciativa é um complemento necessário à expansão da eletricidade renovável (eólica e solar).
A referência para o índice de quatro vezes vem de um relatório da Agência Internacional de Energia (AIE), lançado em outubro, que projeta esse aumento até 2035 caso os países cumpram suas metas individuais já estabelecidas.
O compromisso brasileiro não se restringe aos biocombustíveis, setor em que o país domina a produção de etanol, mas engloba um universo de combustíveis sustentáveis: hidrogênio e seus derivados, combustíveis sintéticos, biogases e os biocombustíveis tradicionais.
João Marcos Paes Leme afirma que a adesão crescente de nações e o apoio manifesto da indústria privada são um sinal importante para investidores para que as soluções sustentáveis se tornem economicamente viáveis.
O exemplo mais claro é o dos combustíveis sustentáveis de aviação (SAF). Embora possam ser utilizados em aeronaves existentes sem grandes modificações, a produção atual é insignificante, correspondendo a menos de 1% do consumo.
