
Celular do futuro vai identificar problemas de pele com uma simples selfie

Pesquisadores da Universidade de Utah desenvolveram uma câmera hiperespectral compacta que captura 25 canais de cor em vídeo de alta definição. A tecnologia cabe em um smartphone e promete revolucionar a fotografia móvel. Como funciona o celular da Xiaomi que quer deixar câmeras mirrorless no passado Quais são e para que servem as câmeras do celular? Uma câmera tradicional divide a imagem em três canais: vermelho, verde e azul. A nova tecnologia vai além e registra 25 divisões diferentes do espectro de luz, criando uma "impressão digital espectral" para cada pixel. 📱 Encontre os melhores celulares para tirar foto no WhatsApp do CT Ofertas Como funciona a nova câmera O sistema utiliza um filtro difrativo com padrões em nanoescala colocado diretamente sobre o sensor. Esse filtro codifica os 25 canais de dados espectrais em uma imagem 2D comprimida chamada "difratograma". -Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.- Algoritmos de computador reconstroem essa imagem em um cubo de dados completo. O processo é instantâneo, diferente das câmeras hiperespectrais convencionais que capturam as informações de forma sequencial e lenta. O que muda na prática? A tecnologia permite avaliar o amadurecimento de frutas instantaneamente. Também pode detectar estresse ou doenças em plantas antes que os sintomas sejam visíveis a olho nu. Nova tecnologia pode captar novos níveis de cores e mudar a câmera dos smartphones como conhecemos (Imagem: Reprodução/Universidade de Utah) Na área médica, a câmera identifica diferentes condições de pele com precisão superior às câmeras convencionais. O sistema enxerga detalhes invisíveis para o olho humano e câmeras digitais tradicionais. A tecnologia ainda melhora sistemas de reconhecimento facial ao capturar informações que vão além do espectro visível. Vantagens sobre as câmeras atuais As câmeras hiperespectrais tradicionais são volumosas, caras e limitadas a imagens estáticas ou vídeos com taxa de quadros muito baixa. O protótipo da Universidade de Utah resolve essas limitações. A compressão de dados representa outro benefício importante. Os arquivos capturados são muito menores que os de câmeras hiperespectrais convencionais, facilitando o armazenamento e transmissão. Satélites teriam dificuldade para transmitir cubos de imagem completos. Com a nova tecnologia, os arquivos originais são compactos e a extração dos dados acontece posteriormente. Especificações do protótipo O protótipo atual captura imagens com resolução de 1304 × 744 pixels (aproximadamente 1 megapixel). Esse sistema divide as imagens em 25 comprimentos de onda diferentes entre 440-800 nanômetros. Segundo o estudo publicado pela Universidade, o campo de visão alcança cerca de 50 graus, similar ao de câmeras de smartphones atuais. Os pesquisadores testaram a câmera em três aplicações reais: diferenciar tipos de tecido em cenas cirúrgicas, prever o envelhecimento de morangos ao longo do tempo e simular filtros espectrais usados em astronomia. Próximos passos do "celular do futuro" Por enquanto, a equipe trabalha em uma versão melhorada que registra imagens em resolução maior e com mais canais de comprimento de onda. O design do elemento difrativo nanoestruturado também será simplificado. O custo de produção é várias vezes menor que o de câmeras hiperespectrais comerciais disponíveis. A tecnologia também se adapta facilmente a diferentes campos como agricultura, astronomia e bioimagem. Além dos smartphones, o sistema pode ser implementado em câmeras de vigilância, plantas de processamento de alimentos e outras aplicações industriais. Leia mais Realme mostra celular que também é uma "câmera profissional" Celular com "melhor câmera do mundo" é chinês; Samsung e Apple ficam para trás Câmera frontal: 6 celulares que tiram as melhores selfies em 2025 VÍDEO: O que ESPERAR dos próximos CELULARES? Leia a matéria no Canaltech.