Celular de mochileira desaparecida há dois anos é encontrado na Tasmânia e reacende buscas

 

Fonte:


O celular de Celine Cremer, uma mochileira belga de 31 anos desaparecida desde junho de 2023 durante uma trilha na Tasmânia, Austrália, foi localizado quase dois anos e meio depois de seu desaparecimento. O achado, realizado por um grupo de voluntários composto por familiares e amigos da jovem, reativou as buscas e forneceu novas informações sobre o percurso que ela pode ter feito antes de desaparecer. 

Hobby caro e espaçoso: filho decide vender coleção de carros raros herdada após morte do pai; veja fotos

FBI acusa casal de dirigir até delegacia com agente da Segurança Interna sequestrado no veículo

A mulher foi vista pela última vez em Philosopher Falls, perto do Cradle Mountain, no noroeste da ilha, no dia 17 de junho de 2023. Desde aquele momento, o caso tem intrigado as autoridades e mobilizado equipes de resgate, mas até o momento nenhum vestígio foi encontrado.  

O celular de Celine foi localizado em uma região de vegetação rasteira, quase camuflado pela grama. Uma imagem divulgada mostra o dispositivo firmemente fixado ao solo, sugerindo que permaneceu no local durante todo esse tempo. De acordo com Rob Parsons, explorador da Tasmânia e organizador da operação, o celular encontrava-se a menos de 100 metros do último ponto de GPS registrado da mochileira. 

“Isso comprova a teoria de que Celine perdeu o telefone pouco depois de registrar sua localização final e fornece uma direção clara do caminho que ela estava seguindo. Embora ainda haja trabalho a ser feito antes de termos um encerramento completo, este é um passo significativo à frente”, afirma o explorador. 

Tony Hage, membro da equipe que achou o celular, relatou a intensidade emocional do instante da localização. 

“Eu não conseguia falar. Simplesmente não conseguia falar. Eu desmoronei. O que mais estaria aqui? É extremamente improvável encontrar outro telefone neste local”, disse. 

A polícia local se juntou à operação 

A descoberta levou a Polícia da Tasmânia a se juntar oficialmente à operação. As buscas serão retomadas assim que as condições meteorológicas forem favoráveis, informou o inspetor Andrew Hanson. 

“Os recursos da Polícia da Tasmânia agora estão se juntando formalmente ao esforço de busca independente. Teremos agentes treinados de busca e resgate e voluntários do Serviço de Emergência (SES) em campo quando as condições climáticas permitirem que a busca continue”, afirmou. 

De acordo com a investigação, Celine caminhava sozinha pela trilha de Philosopher Falls pouco antes de desaparecer. A principal hipótese é que ela tenha deixado o percurso oficial ao tentar retornar diretamente ao carro quando a luz do dia começou a diminuir. A suspeita mais forte é de que a moça deixou o telefone cair, seguindo desorientada em caminho denso. 

Rob Parsons ressaltou que, apesar de representar um avanço, a descoberta também reforça o impacto da tragédia para familiares e amigos da mochileira. 

“Embora encontrar o telefone dela tenha trazido alguma esperança para as muitas pessoas envolvidas neste caso, isso é um lembrete contundente para os familiares e amigos de Celine da tragédia de sua perda”, relata. 

Mulher viajava sozinha quando desapareceu 

Celine estava viajando sozinha quando desapareceu, e levou nove dias até que a polícia fosse notificada. Em 26 de junho de 2023, o veículo da jovem foi encontrado no estacionamento da trilha de Philosopher Falls, pouco antes de uma alteração significativa nas condições climáticas da área.  

De acordo com o inspetor Andrew Hanson, as circunstâncias enfrentadas nos dias após o desaparecimento tornaram impossível qualquer chance de sobrevivência. 

“Nos dias seguintes ao desaparecimento de Celine, o clima de inverno na área incluiu temperaturas abaixo de zero, neve e chuva. Na época, pareceres médicos especializados indicaram que aquelas condições não apresentavam chances de sobrevivência, até pelo período em que se acredita que ela tenha ficado exposta”, afirmou. 

O inspetor completa que as buscas continuaram ao longo desse tempo até o vestígio do achado do telefone de Celine. 

“Nossa busca inicial continuou por duas semanas, e buscas complementares foram realizadas diversas vezes ao longo dos últimos dois anos, sem que nenhum outro vestígio fosse encontrado”, atesta Andrew Hanson.