Caso Ruy Ferraz Fontes: Justiça solta cinco dos doze investigados pela morte de ex-delegado-geral

 

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A Justiça de São Paulo determinou a soltura de cinco dos doze indiciados pelo Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) por suspeita de participação no assassinato do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes, morto em 15 de setembro, em Praia Grande. Apesar de o DHPP ter solicitado prisão preventiva, o juiz do caso decidiu impor apenas medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica.

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Eles responderão em liberdade monitorada, conforme detalhou a reportagem do G1. Os investigados liberados são Dahsely Oliveira Pires, Luiz Henrique Santos Batista, conhecido como Fofão; Rafael Marcell Dias Simões, o Jaguar; Danilo Pereira Pena, o Matemático; e José Nildo da Silva. Os demais seguem presos por homicídio qualificado, porte de arma de fogo de uso restrito e envolvimento com organização criminosa.

PCC no centro da apuração

Ruy Ferraz Fontes foi executado a tiros em Praia Grande, SP

Prefeitura de Praia Grande e Reprodução

Segundo o DHPP, ainda de acordo com o G1, há elementos que apontam a participação direta do Primeiro Comando da Capital (PCC) no planejamento e na execução do crime. A motivação e a identificação dos mandantes são investigadas em outros inquéritos em andamento.

A primeira fase da investigação indiciou 12 pessoas. Entre os acusados que seguem presos estão Paulo Henrique Caetano de Sales, o PH, apontado como um dos responsáveis pela cobertura armada; Marcos Augusto Rodrigues Cardoso, o Fiel, que admitiu integrar o PCC; e Felipe Avelino da Silva, o Mascherano, cuja digital foi encontrada em um dos veículos usados no ataque.

As apurações também identificaram imóveis que serviram de base para o grupo criminoso. Segundo o relatório, William Silva Marques e Cristiano Alves da Silva, o Cris Braw, tiveram participação direta ao ceder casas utilizadas no planejamento e na fuga de envolvidos. Mensagens e perícias reforçam a conexão entre os investigados e a hierarquia da facção.

A Secretaria de Segurança Pública afirmou que a primeira fase foi concluída com o indiciamento dos 12 suspeitos e o pedido de prisão preventiva de todos. A SSP destacou que os que tiveram a prisão negada responderão ao processo em liberdade, com monitoramento eletrônico. Os próximos inquéritos devem aprofundar a investigação sobre os mandantes e a eventual relação do crime com a atuação de Fontes na Prefeitura de Praia Grande.