Carros elétricos crescem no Brasil com foco em custo e tecnologia

 

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Os carros elétricos avançam rapidamente no Brasil e começam a mudar a forma como o consumidor se relaciona com tecnologia, mobilidade e sustentabilidade. Impulsionado pela combinação entre inovação, redução de emissões de gases e custos operacionais mais baixos, o segmento vive um momento de forte expansão no país. Como funciona um carro elétrico? Carros elétricos e híbridos crescem 70% em um ano e ganham força no Brasil Em entrevista ao Podcast Canaltech, Pablo Toledo, diretor de branding e comunicação da BYD Brasil, apresentou dados que indicam o crescimento da marca no país, citando a venda de 260 carros em 2022, número que saltou para quase 18.000 em 2023, e superou 76.000 no ano passado. Atualmente, mais de 120.000 brasileiros já circulam com veículos eletrificados da BYD. Segundo o executivo, o crescimento reflete tanto o interesse histórico do brasileiro por carros quanto a busca por soluções mais tecnológicas, sustentáveis e acessíveis. Toledo destaca que esse movimento vai além da venda de automóveis e envolve uma mudança cultural no modo como o consumidor enxerga mobilidade, tecnologia e manutenção veicular.  -Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.- “O carro elétrico exige mais assistência de TI do que mecânica”, afirma, ao falar do papel da BYD não apenas como fabricante, mas também como agente educacional nesse processo de transição. Fábrica no Brasil e redução de custos como estratégia de expansão De acordo com o executivo, a BYD adota duas frentes principais para tornar a mobilidade elétrica mais acessível. A primeira é a construção de uma fábrica no Brasil, com o objetivo de eliminar o imposto de importação à medida que o produto for nacionalizado. A segunda envolve destacar o valor do carro, que ultrapassa o preço de aquisição.  Toledo mencionou benefícios como a isenção de IPVA em diversos estados, a isenção de rodízio em São Paulo, e a economia gerada pela manutenção menos frequente. Ele destacou que "a revisão do carro elétrico é feita a cada 20.000 km e não 10.000 km". O impacto econômico dessa eficiência é notável, com motoristas de aplicativo relatando ganhos adicionais mensais de R2.000 a R3.000 com a economia de combustível. A empresa também ressaltou o papel dos super híbridos, que são definidos como carros elétricos com apoio do motor a combustão, que atua como fonte de energia. Pablo Toledo explicou que isso torna o veículo mais eficiente e com menos peças, o que foi fundamental para a marca alcançar a posição número um em volume de vendas de eletrificados no mundo. Sobre a infraestrutura de recarga, Toledo afirmou que, embora não seja o "coração do negócio da BYD", a empresa desenvolveu tecnologias de carga ultrarrápida, capazes de adicionar 400 km de autonomia em apenas 5 minutos. Ele considera que, como a frota está aumentando, a infraestrutura comercial (em shoppings e empresas) precisa acompanhar a demanda. Olhando para o futuro, o diretor prevê que o maior impacto nos próximos 5 a 10 anos será impulsionado por "inteligência artificial e direção autônoma". Ouça o episódio completo do Podcast Canaltech e siga o Canaltech na sua plataforma de áudio favorita Leia também: Quais os carros elétricos usados mais procurados no Brasil? Veja o top 5 Teste: Geely EX2 é o rival que o BYD Dolphin Mini não queria por aqui Leia a matéria no Canaltech.