Campanha para brasileira não ser deportada dos EUA atinge meta; doador anônimo contribuiu com 5 mil dólares
A brasileira Bruna Caroline Ferreira segue sob custódia do Serviço de Imigração e Alfândega (ICE) dos Estados Unidos após ser presa no último dia 12 nos arredores de Boston. A mulher é mãe do sobrinho de Karoline Leavitt, secretária de imprensa da Casa Branca. Diante da detenção, a família de Bruna lançou uma campanha on-line para arrecadar US$ 30 mil, verba a ser usada na batalha judicial para que possa permanecer no país. A meta da vaquinha foi batida graça a uma doação anônima de um sexto do valor pedido.
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De acordo com o Departamento de Segurança Interna (DHS), Bruna foi detida em Revere, em Massachusetts. Ela tentava buscar o filho de 11 anos, fruto de seu relacionamento com Michael Leavitt, irmão de Karoline. A prisão foi motivada pela permanência irregular no país que, segundo a emissora WMUR, teria excedido em 26 anos. Ela segue detida em um centro de detenção no sul da Louisiana para onde foi levada depois da prisão.
A irmã de Bruna Caroline, Graziela dos Santos Rodrigues, foi quem lançou a campanha na plataforma GoFundMe para custear a batalha judicial para permanecer nos Estados Unidos. A meta foi superada graças à doação anônima de uma pessoa no valor de US$ 5 mil. Na tarde desta sexta-feira a campanha somava mais de US$ 34 mil.
"Este Dia de Ação de Graças está sendo muito diferente para nossa família, mas mesmo nos momentos mais difíceis, estamos extremamente gratos pelo amor e apoio que recebemos", escreveu Graziela em uma atualização na quinta-feira na plataforma da campanha.
Segundo o Departamento de Segurança Interna (DHS), Bruna entrou nos EUA com um visto de turista B2, que exigia sua saída do país até 6 de junho de 1999, e que possui uma prisão anterior por agressão. Ela está agora em processo de remoção.
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O advogado da brasileira, Todd Pomerleau, no entanto, contesta a versão das autoridades. Ele afirmou que Bruna foi anteriormente beneficiária do programa Ação Diferida para Chegadas na Infância (Daca), que concede proteção temporária contra deportação para pessoas trazidas aos EUA quando crianças. A brasileira não teria conseguido renovar seu status há alguns anos, quando Donald Trump tentou encerrar o programa em sua primeira administração.
“Bruna foi trazida aos Estados Unidos por nossos pais em dezembro de 1998, quando ainda era criança… Desde então, ela fez tudo ao seu alcance para construir aqui uma vida estável e honesta”, escreveu a irmã da brasileira na campanha de financiamento, acrescentando que Bruna “manteve seu status legal por meio do Daca”.
Em seu comunicado, Graziela agradece ao advogado da irmã, Todd Pomerleau, por seus esforços.
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Em entrevista à rádio MBUR, Michael Leavitt disse que o filho mora com ele e com a atual esposa, e que mantém contato regular com a mãe. Segundo relatou, a criança têm teve oportunidade de falar com Bruna desde a detenção pelo ICE.
De acordo com o jornal inglês Daily Mail, a família Leavitt não tem oferecido ajuda ou mesmo suporte a Bruna. Uma pessoa próxima disse ao tabloide que "essa pessoa é a mãe do sobrinho de Karoline e elas não se falam há muitos anos".
