Bug de 10 anos no Linux "ressuscita" e Ă© usado em ataques de ransomware
A AgĂȘncia de Cibersegurança e Infraestrutura de Segurança dos Estados Unidos (CISA) emitiu um alerta sobre uma falha no kernel do Linux, vulnerabilidade que surgiu hĂĄ mais de dez anos e foi corrigida no ano passado. Mesmo assim, pesquisadores notaram que a brecha segue permitindo ataques de ransomware em usuĂĄrios, jĂĄ que permite escalada de privilĂ©gios. O que Ă© uma vulnerabilidade de dia zero (Zero-Day)? O que Ă© Engenharia Social? Aprenda a identificar e se proteger de golpes O problema surgiu em fevereiro de 2014, quando a vulnerabilidade foi adicionada ao kernel do sistema operacional por meio de um commit. Isso sĂł foi comunicado oficialmente ao pĂșblico em janeiro de 2024, descrito como âuma fraqueza free-after-use no netfilter do componente kernel nf_tablesâ. A brecha ganhou o nome de CVE-2024-1086 e teve grau de severidade 7,8/10 (alto). Riscos no Linux No mesmo mĂȘs em que a vulnerabilidade foi revelada, um patch de correção foi lançado, corrigindo o problema. Alguns meses depois, pesquisadores de segurança publicaram um cĂłdigo de exploração como prova de conceito, mostrando como seria possĂvel escalar privilĂ©gios no sistema a partir da brecha. Foram descritos os bugs nas distros Linux principais, como Debian, Ubuntu, Fedora e Red Hat. -Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das Ășltimas notĂcias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incrĂveis.- Um componente kernel do Linux pode ser explorado para ataques de ransomware, mesmo corrigido apĂłs 10 anos de falha â atualizar o sistema imediatamente corrige a brecha (Imagem: Reprodução/Freepik) A CISA adicionou o bug Ă s Vulnerabilidade Exploradas Conhecidas (KEV) em maio do ano passado, avisando Ă s agĂȘncias federais para atualizarem o sistema atĂ© 20 de junho do mesmo ano ou pararem de usar o software. Recentemente, no entanto, a agĂȘncia de segurança atualizou o verbete da vulnerabilidade, revelando que campanhas de ransomware ainda a usam ativamente para ataques: nĂŁo foi revelado, no entanto, qual grupo malicioso se aproveitou do problema e nem as vĂtimas afetadas. Fica claro, mesmo assim, que versĂ”es nĂŁo atualizadas do Linux seguem sendo utilizadas, deixando usuĂĄrios abertos Ă exploração e cibercrimes a partir do bug. Caso vocĂȘ utilize o sistema operacional, faça questĂŁo de atualizĂĄ-lo ou ao menos bloquear o componente kernel nf_tables, restringir acesso aos namespaces de usuĂĄrio ou carregar o mĂłdulo Linux Kernel Runtime Guard (LKRG), todas mitigaçÔes conhecidas para o problema. Apesar dessas açÔes corrigirem a brecha, elas tambĂ©m podem desestabilizar o sistema, entĂŁo atualizar o SO com patches segue sendo a melhor solução. Segundo a CISA, vulnerabilidades do tipo sĂŁo vetores de ataque frequentes a cibercriminosos, representando riscos significativos Ă s iniciativas federais. Veja mais: Planejando as fĂ©rias? Sites de turismo no Brasil tĂȘm "porta aberta" para golpes Modo IA do Google vai espionar seu Gmail para "saber tudo sobre vocĂȘ" Ferramenta de segurança vira arma de hackers para roubar senhas do Discord VĂDEO | Notebook com LINUX vale a pena? DĂĄ pra trocar o WINDOWS pelo LINUX?  Leia a matĂ©ria no Canaltech.
