
Botafogo e Atlético-MG se reencontram onze meses depois de classificações à final da Libertadores, mas em cenários diferentes

Há onze meses, Botafogo e Atlético-MG não tomavam conhecimento de Peñarol-URU e River Plate-ARG, respectivamente, e se classificavam à final da Libertadores de 2024 com autoridade. Hoje, quase um ano depois, ambos os times se enfrentam, às 18h30, no Estádio Nilton Santos, pela 24ª rodada do Campeonato Brasileiro, em um cenário completamente diferente, com ambas as equipes beirando a crise.
Ambos os times passam por um momento turbulento na temporada, com sequências ruins de resultados e atuações abaixo do esperado. O Galo não vence há seis jogos, enquanto o Botafogo está com três partidas sem vitórias. Recentemente, eles também foram eliminados nas quartas da Copa do Brasil para seus rivais. A partida de logo mais pode ser a virada de chave para qualquer uma das equipes.
Um dado que ajuda a reforçar a diferença dos contextos dos clubes em relação a 2024 e 2025 são os jogadores que estiveram na decisão do ano passado: dos 31 que entraram em campo naquela final, poucos devem figurar a partida deste sábado.
No Botafogo, somente oito dos 15 permanecem no elenco — Marçal, Allan, Matheus Martins, Vitinho, Barboza, Alex Telles, Marlon Freitas e Savarino. O camisa 10, inclusive, é o pilar de um time alvinegro que está em reconstrução e em busca de dias melhores na temporada.
No lado do Atlético-MG, nove dos 14 que disputaram a final também permanecem no elenco. Um dos jogadores que estiveram em campo na decisão e que não faz mais parte do plantel botafoguense é o atacante Júnior Santos, autor do gol do título na final e comprado justamente pelo Galo por 8 milhões de dólares (cerca de R$ 48 milhões).
No primeiro reencontro do atleta com o Botafogo, ele também vive uma fase completamente oposta da do ano passado. Os 50 jogos e 20 gols de 2024 viraram 26 partidas e só dois gols em 2025 no clube mineiro. Atualmente, Junior Santos é reserva no time de Jorge Sampaoli e é alvo de críticas por parte dos atleticanos.
A ida de Junior Santos ao Atlético-MG simboliza bem o momento dos dois clubes. De um lado, o Botafogo abriu mão de atletas que davam certo e começou a apostar em jogadores mais jovens, o que, neste primeiro momento, não deu resultados dentro de campo. Do outro, o Galo investiu pesado em contratações, mas não acertou a mão nos reforços.