Bolsonaro passa por exames nesta quarta-feira para analisar necessidade de cirurgia

 

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Após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente Jair Bolsonaro será submetido nesta quarta-feira a uma perícia médica oficial realizada pela Polícia Federal na Superintendência da corporação, em Brasília, onde o ex-mandatário está preso. O objetivo é avaliar a necessidade de uma cirurgia alegada pela defesa de Bolsonaro. Além de analisar exames já feitos, os peritos também vão examinar o ex-presidente.

Conforme informações apresentadas pela defesa, Bolsonaro está com uma hérnia inguinal, que ocorre quando uma parte do intestino ou tecido abdominal se projeta por um ponto fraco na parede muscular. Na última segunda-feira, os advogados do ex-presidente reforçaram ao Supremo o pedido para ele realizar uma cirurgia com "máxima urgência" para corrigir uma hérnia. Os advogados também reiteram solicitação de prisão domiciliar.

O novo pedido foi feito junto com a apresentação do resultado de uma ultrassonografia, realizada dentro da Superintendência da PF em Brasília, onde Bolsonaro cumpre pena.

No dia 12, Moraes autorizou a realização de exames de ultrassonografia nas dependências da Superintendência da Polícia Federal em Brasília, conforme solicitado pela defesa. O procedimento foi realizado em 14 de dezembro, e o laudo juntado aos autos no dia seguinte.

Agora, os documentos serão encaminhados aos peritos do Instituto Nacional de Criminalística, que farão a avaliação definitiva no dia 17. Após a entrega do laudo, Moraes prometeu abrir conclusão imediata para decidir sobre eventuais medidas.

Bolsonaro está preso desde o dia 22 de novembro. Na ocasião, Moraes determinou a prisão preventiva do ex-presidente após ser identificada uma tentativa de violação da tornozeleira eletrônica. O ex-presidente reconheceu que usou um ferro de solda na tentativa de danificar o equipamento, atitude que atribuiu a uma "alucinação" e uma "certa paranoia" de que haveria uma escuta no aparelho.

Dias depois, o ministro ordenou o trânsito em julgado da ação, o que significa que não haveria mais possibilidade de recursos e Bolsonaro deveria começar a cumprir a pena. O STF determinou, então, que o ex-presidente continuasse Superintendência da PF em Brasília para cumprir a pena de 27 anos e três meses determinada pala Corte pela tentativa de golpe de Estado após a derrota eleitoral em 2022.