Bastidores: Botafogo não quer repetir demora de 2025 em escolha de técnico e já tem nomes mapeados; Textor centralizará decisão

 

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A diretoria do Botafogo já se movimenta no mercado para encontrar um novo treinador para 2026. Há, nos bastidores do alvinegro, uma preocupação geral em não repetir a demora para a escolha de um técnico, como foi no início desta temporada — o clube levou 55 dias entre a oficialização da saída de Artur Jorge e a chegada de Renato Paiva.

Nas últimas horas, membros da cúpula de futebol do Botafogo já levaram diversos nomes do mercado até John Textor, dono da SAF do clube. Como de praxe, o empresário americano centralizará a escolha de quem será o novo treinador do alvinegro.

Há, na lista sugerida para Textor, o nome de treinadores brasileiros e que, inclusive, estiveram em clubes do país recentemente. Por outro lado, sabe-se internamente que a preferência do investidor americano é por técnicos europeus.

Entenda a saída de Davide Ancelotti

Anunciada na noite desta quarta-feira, a saída de Davide Ancelotti tem como principal razão a discordância entre o técnico italiano e a diretoria alvinegra na demissão de Luca Guerra, preparador físico da comissão de Davide.

Logo após o término da temporada, a cúpula de futebol do Botafogo concluiu a análise sobre o trabalho de Davide de forma positiva. No entanto, houve o entendimento de que mudanças na comissão técnica do italiano eram necessárias. Nesse sentido, Luca Guerra era o principal "alvo".

Desde a chegada de Davide, o Botafogo teve diversos problemas com lesões de jogadores por questões musculares. Ainda durante a temporada, houve o entendimento de que um dos motivos era a carga de treino planejada pela comissão do italiano. Na época, o treinador chegou a falar que realizaria algumas mudanças nesse sentido, mas que, de acordo com a diretoria, não foram suficientes.

Por isso, a decisão foi pela demissão de Luca Guerra. Num primeiro momento, Davide Ancelotti aceitou a decisão. Depois, o italiano afirmou que não abriria mão de um dos seus braços direitos. Fiel ao auxiliar, Davide indicou que não mudaria de opinião, assim como a diretoria do Botafogo. Assim, a decisão final foi pelo fim do vínculo que ia até dezembro do ano que vem.

Além disso, pessoas ligadas ao técnico italiano indicam que Davide ponderou que o início difícil que o Botafogo terá na próxima temporada quando decidiu bater o pé pela permanência do preparador ou pela saída. O Campeonato Brasileiro começará em janeiro e no mês seguinte, em fevereiro, o time disputará a pré-Libertadores.