Banco Master: antes de decretar sigilo máximo às investigações, Toffoli viajou com advogado de investigado
Antes de decretar sigilo máximo às investigações contra executivos do banco Master, o ministro Dias Toffoli, relator do processo, viajou em um jatinho particular para assistir a final da Libertadores, em Lima, ao lado de um advogado que representa um dos empresários. A informação foi divulgada pelo colunista Lauro Jardim e confirmada pela CBN. O jatinho é do empresário Luiz Osvaldo Pastore, mas dentro também estava o advogado Augusto Arruda Botelho - ele defende o diretor de compliance do Master, Luiz Antônio Bull.
Um dia antes da final, Toffoli foi sorteado relator do caso e dias após a viagem decretou sigilo máximo sobre o processo além de puxar todas as novas decisões pro STF - retirando a competência da justiça federal. A alegação é que há citações ao deputado federal João Carlos Bacelar, do PL, que tem foro privilegiado.
O cliente de Botelho, o empresário Luiz Antonio Bull, foi solto por uma decisão da justiça federal assim que o processo foi parar no STF. A justiça revogou a prisão ele e de Daniel Vorcaro. Os dois estão sendo monitorados por tornozeleira eletrônica.
O ministro Dias Toffoli disse a colegas que é amigo de Pastore há anos e que o processo de Daniel Vorcaro e outros executivos do Master sequer tinham chegado a ele quando a viagem foi feita. Além disso, garantiu que não conversou sobre o processo no voo.
