Arrecadação federal soma R$ 216,7 bilhões em setembro impulsionada pelo IOF e tem melhor resultado para o mês desde 2000

 

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O governo arrecadou R$ 216,7 bilhões em impostos e contribuições em setembro de 2025, segundo dados divulgados nesta quinta-feira pela Receita Federal. O valor é 1,43% maior do que o registrado no mesmo mês no ano passado, já considerando a inflação.

De janeiro a setembro, o total arrecadado chegou a R$ 2,1 trilhões, o que representa um crescimento de 3,5% em termos reais — o melhor desempenho para esse período em 25 anos. Isso significa que, mesmo com a economia andando a passos lentos, a entrada de recursos nos cofres públicos continua em alta.

O aumento foi puxado principalmente por três fatores:

IOF, imposto cobrado sobre operações financeiras, como empréstimos e câmbio, que subiu 33% em setembro e arrecadou R$ 8,45 bilhões;

Imposto de Renda Retido na Fonte sobre rendimentos de capital, que cresceu 10%, chegando a R$ 10,5 bilhões;

e as contribuições previdenciárias, que aumentaram 1,5% e somaram R$ 58,2 bilhões, acompanhando a alta dos salários e o aumento do número de pessoas empregadas.

Por outro lado, alguns tributos tiveram queda. O Imposto de Renda das empresas (IRPJ e CSLL) diminuiu 4,2%, reflexo de lucros menores de uma arrecadação mais fraca no balanço trimestral.

A Receita Federal informou que, se forem desconsiderados fatores excepcionais que ocorreram em 2024, o crescimento total da arrecadação seria ainda maior — 3,7% no mês e 4,9% no acumulado do ano.

O desempenho foi mais forte em setores como serviços, bancos e tecnologia da informação, enquanto indústrias de automóveis e combustíveis tiveram queda nas contribuições.

Segundo o relatório, o resultado mostra uma tendência de estabilidade da arrecadação, sustentada pela recuperação do mercado de trabalho e pelos reajustes salariais.