Após tentativa de fuga, Silvinei Vasques é levado para a Papuda
O ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, está preso no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. Na sexta-feira (26), ele foi detido no Paraguai enquanto tentava deixar o Brasil com documentos falsos.
Silvinei passou a noite de sexta na delegacia da Polícia Federal em Foz do Iguaçu. No sábado (27), ele foi levado de avião pela PF para Brasília, passou por exame de corpo de delito e foi encaminhado ao Complexo Penitenciário da Papuda.
O ex-diretor da PRF vai ficar detido no 19º Batalhão da Polícia Militar, conhecido como “Papudinha”. A Primeira Turma do STF condenou Silvinei Vasques a 24 anos e 6 meses de prisão por envolvimento na trama golpista.
Os ministros entenderam que ele ordenou a criação de bloqueios da Polícia Rodoviária Federal no Nordeste durante o segundo turno das eleições de 2022. A intenção era dificultar o deslocamento de eleitores nas áreas onde o presidente Lula tinha mais apoio.
Outras prisões
O ministro Alexandre de Moraes autorizou o cumprimento de dez mandados de prisão domiciliar contra os condenados por tentativa de golpe de Estado. A justificativa é o risco de fuga. Os mandados foram cumpridos no Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Paraná, Goiás, Bahia, Tocantins e no Distrito Federal.
Entre os alvos da PF estavam dois nomes do núcleo 2 da trama golpista: Marília de Alencar, ex-diretora de inteligência do Ministério da Justiça. E o ex-assessor internacional do governo Bolsonaro, Filipe Martins.
Outros três alvos foram Bernardo Romão Correia Neto, Fabrício Moreira de Bastos e Sérgio Ricardo Cavalieri de Medeiros. Todos militares do Exército e integrantes do núcleo três.
Os últimos cinco mandados atingiram o núcleo quatro, incluindo os militares Giancarlo Gomes Rodrigues, Ângelo Martins Denicoli e Ailton Gonçalves Moraes Barros.
O tenente-coronel Guilherme Marques Almeida não foi localizado, mas prometeu se entregar. Já o presidente do Instituto Voto Legal, Carlos Cesar Rocha, é considerado foragido pela Polícia Federal.
Todos foram condenados pela trama golpista e aguardavam os recursos em liberdade ou sob medidas cautelares.
