Após mais de dois anos fora dos gramados, campeão mundial Paul Pogba volta a jogar hoje

 

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Após chegar ao ápice da carreira com o título da Copa do Mundo de 2018 com a França, sendo um dos destaques do torneio, o meia Paulo Pogba saiu dos trilhos, caiu no doping e desde setembro de 2023 não voltou mais a jogar futebol, seja pela suspensão, por problemas físicos ou até mesmo pela tentativa de extorsão do irmão que terminou em uma pena de mais de um ano de prisão. Mas tudo poderá ser deixado para trás neste sábado, quando o francês de 32 anos entrar em campo pelo Monaco, na Ligue 1, contra o Rennes-FRA, pela 13º rodada do campeonato.

Foram 26 meses após desde sua última aparição. Ele jogou 28 minutos contra o Empoli, em 3 de setembro de 2023, quando ainda atuava pela Juventus-ITA.

Retorno postergado duas vezes

Embora tenha feito um Mundial de destaque, o jogador teve um declínio técnico claro nos anos seguintes e lesões recorrentes que o deixaram de fora da edição seguinte, em 2022. No ano seguinte, ele testou positivo para testosterona num controle antidoping realizado após a partida entre Juventus e Udinese, pela Série A italiana.

Durante a suspensão, Pogba dividiu seu tempo entre Paris, Turim e Dubai, participando de diversas atividades beneficentes ao redor do mundo. Assinou contratos com marcas que mantiveram a confiança nele e até criou sua própria marca de roupa.

O meia chegou a ser afastado do esporte por quatro anos, mas após recurso, a punição foi reduzida para 18 meses. Com isso, poderia retornar em março de 2025. A Juventus rescindiu seu contrato, que expiraria em 2026, em novembro de 2024.

Pogba, então, finalmente retornou aos treinos. Sozinho. Ele desenvolveu mais massa muscular e logo atraiu a atenção de outro gigantes europeu: o Manchester City (rival do clube em que se formou, o Manchester United), segundo o jornal britânico The Independent.

Paul Pogba está suspenso do futebol por cair no exame antidoping desde fevereiro

Reprodução Instagram

Mas em junho, a proposta concreta que recebeu veio da França. Pogba assinou um contrato com o Monaco por € 320.000 (1,9 milhão de reais) por mês, metade do que ganhava na Juventus. Ele deveria ter jogado contra o Angers em 18 de outubro, mas uma lesão muscular o impediu. Esperava-se seu retorno em 1º de novembro, em casa, contra o Paris Saint-Germain, mas dois dias antes da partida, o francês se lesionou novamente, desta vez no tornozelo, durante um treino, em uma colisão com um companheiro de equipe, segundo o jornal italiano La Reppublica.

Agora, finalmente, a espera parece ter chegado ao fim. Se o técnico do Monaco, Sébastien Pocognoli, decidir escalá-lo como titular ou, mais provavelmente, utilizá-lo por apenas 15 minutos, no segundo tempo, não importa. Pogba finalmente poderá dizer que se sente um jogador de futebol novamente.

O caso de extorsão e o julgamento de seu irmão.

Na noite de 19 para 20 de março, Pogba foi vítima de uma emboscada em um apartamento em Montevrain. Dois homens encapuzados o ameaçaram com uma arma, numa tentativa de extorquir € 13 milhões (80 milhões de reais, na cotação atual) em "pagamento" por serviços de proteção prestados ao jogador desde os 13 anos de idade. Pogba afirma que pagou 100.000 euros (R$ 618.000) dos 13 milhões exigidos.

O esquema era comandado por um grupo organizado, orquestrado por seus amigos de infância e financiado por seu próprio irmão, Mathias. Pogba prestou queixa.

O julgamento ocorreu no final de 2024 e resultou em penas de prisão para os seis réus. Mathias (agora com 35 anos) foi condenado a três anos, dos quais dois foram suspensos, e Adama C., amigo próximo de Pogba, foi condenado a cinco anos. Penas foram mais severas do que as solicitadas pela promotoria e consideradas excessivas pelos advogados de defesa, que reclamaram, em particular, da ausência de Paul Pogba no julgamento, considerando-a "prejudicial à verdade do caso".