Após cirurgia, Bolsonaro inicia fisioterapia, ajusta medicações para soluços e não tem previsão de novos procedimentos

 

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A equipe médica do ex-presidente Jair Bolsonaro divulgou, nesta sexta-feira, um boletim após a cirurgia realizada na véspera no hospital DF Star, em Brasília. O procedimento para correção de uma hérnia inguinal bilateral ocorreu sem intercorrências e teve duração aproximada de três horas e meia.

Segundo o boletim, Bolsonaro encontra-se internado em cuidados pós-operatórios de herniorrafia inguinal bilateral por via convencional. Ele iniciou reabilitação com fisioterapia, passa por otimização da analgesia e recebe medidas farmacológicas para prevenção de trombose. “O ex-presidente encontra-se internado no hospital DF Star, em cuidados pós-operatórios”, informou a equipe médica.

Os médicos também realizaram ajustes nas medicações para o controle de crises de soluço e para o tratamento da doença do refluxo gastroesofágico. De acordo com os profissionais, não há, no momento, previsão de novos exames complementares ou procedimentos.

Bolsonaro foi internado na quarta-feira para a realização de exames e preparo pré-operatório. A hospitalização foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após perícia da Polícia Federal apontar a necessidade da intervenção médica. A expectativa da equipe é que o ex-presidente permaneça internado entre cinco e sete dias.

A cirurgia é considerada eletiva, mas foi indicada para evitar o agravamento do quadro e possíveis complicações. Realizado sob anestesia geral, o procedimento teve como objetivo reposicionar o conteúdo abdominal e reforçar a musculatura da região da virilha, onde ocorre o enfraquecimento da parede abdominal.

Após o término da cirurgia, o ex-presidente foi encaminhado diretamente ao quarto, sem necessidade de internação em unidade de terapia intensiva (UTI), e permanece sob observação clínica.

Além da correção da hérnia, a equipe médica avalia a realização de um bloqueio anestésico do nervo frênico, procedimento que pode ser indicado para tratar as crises de soluços persistentes apresentadas por Bolsonaro nos últimos meses. O momento mais adequado para essa intervenção ainda não foi definido, e a necessidade será reavaliada na próxima semana por se tratar de um procedimento invasivo.

A condução do pós-operatório leva em conta as particularidades do quadro clínico de Bolsonaro e exige acompanhamento contínuo nos primeiros dias após a cirurgia. O objetivo é garantir uma recuperação segura, com controle da dor, retomada gradual da mobilidade e redução de riscos associados à imobilização prolongada, comuns nesse tipo de procedimento.

Durante a internação, o ex-presidente está acompanhado pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Seus filhos, Flávio e Carlos, estiveram no hospital mais cedo.