
Após anos de menor atividade, NASA diz que o Sol está "lentamente despertando"

Um novo estudo conduzido por pesquisadores da NASA aponta que, após um período de redução na atividade, o Sol está “lentamente despertando” desde 2008. Os resultados foram divulgados em 8 de setembro no The Astrophysical Journal Letters. Maior explosão solar de 2025 provoca apagões de rádio em três regiões do planeta Erupção solar canibal gera forte tempestade geomagnética e auroras deslumbrantes Fúria do Sol | Terra foi atingida pela pior tempestade solar há 14 mil anos Os cientistas explicam que, embora a atividade solar oscile em ciclos de aproximadamente 11 anos, desde a década de 1980 ela vinha diminuindo de forma constante, atingindo o menor valor já registrado em 2008. Naquele período, as manchas solares — associadas à maior atividade da estrela — e o vento solar reduziram-se tanto que os pesquisadores esperavam um intervalo ainda maior de baixa atividade. Até que começou a ser registrada uma inversão dessa tendência. -Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.- “Todos os sinais apontavam para uma fase prolongada de baixa atividade do Sol. Então, foi uma surpresa ver essa tendência se inverter. O Sol está lentamente despertando", afirmou em comunicado Jamie Jasinski, cientista do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da NASA e líder do estudo. Aumento de eventos climáticos espaciais Segundo os pesquisadores da NASA, essa inversão na tendência da atividade do Sol pode representar um aumento de eventos climáticos espaciais. Fenômenos como erupções solares — explosões intensas de radiação — e ejeções de massa coronal — grandes bolhas de plasma liberadas da coroa solar e que se espalham pelo Sistema Solar — são exemplos desse tipo de atividade. O monitoramento desses eventos é crucial, já que podem afetar naves espaciais, astronautas, comunicações de rádio, sistemas de GPS e, em casos mais extremos, redes elétricas na Terra. Erupções solares podem afetar naves espaciais e sistemas de GPS (Reprodução/NASA/SDO/AIA) A equipe liderada por Jasinski utilizou uma ampla coleção de dados coletados por missões da NASA para identificar esse aumento na atividade solar. As principais fontes foram a missão Advanced Composition Explorer (ACE) e a missão Wind. Ambas foram lançadas na década de 1990 e, desde então, têm fornecido informações valiosas sobre o comportamento do Sol, incluindo a influência do plasma e de partículas energéticas que se propagam até a Terra. Confira o estudo na íntegra no The Astrophysical Journal Letters. Leia mais: Atmosfera da Terra pulsa em sincronia com as explosões solares, revela pesquisa Existe relação entre tempestades solares e tsunamis? Erupções solares estão reduzindo a vida útil dos satélites Starlink da SpaceX VÍDEO | COMO VER UM ECLIPSE SOLAR EM SEGURANÇA Leia a matéria no Canaltech.