Anitta recepciona príncipe William em premiação ambiental e critica COP30: 'Há anos se reúnem e a gente não vê mudança'
O príncipe William chegou ao Museu do Amanhã, na Zona Portuária do Rio de Janeiro, na noite desta quarta-feira, junto ao apresentador Luciano Huck, e foi recepcionado por Anitta e Seu Jorge, que se apresentarão na cerimônia de entrega do Earthshot Prize, que premia iniciativas ambientais com R$ 35 milhões.
O príncipe inglês, idealizador da premiação, chegou por volta das 20h e passou pelo tapete verde, cor que faz referência ao tema da cerimônia. Também passaram pelo tapete verde Cafu, Fátima Bernardes, Carlos Nobre, Rebecca Andrade, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, Maju Coutinho, Camila Queiroz, Kleber Toledo, Sabrina Sato, Luciano Huck e Angélica, Seu Jorge, a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, Sebastian Vettel, o Primeiro Ministro do Reino Unido, Keir Starmer, Shawn Mendes, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, e Anitta, que aproveitou para comentar, em tom crítico, a COP30, Conferência do Clima que reúne a partir desta quinta chefes de Estado em Belém, no Pará:
— Minha conexão com a Amazônia vem de muito tempo. Acho a COP30 importante, mas vejo que muita gente está se reunindo há muito tempo e a gente não vê mudança. As pessoas estão se reunindo para fingir para os outros que se importam ou realmente se importam, aplicando ações no dia a dia para que as coisas mudem? Eu não acredito. Se não, não precisariam ficar se reunindo de novo e de novo sem resolver nada. É preciso que esteja disposto a abrir mão, e pouca gente está — declarou.
A cerimônia, que é considerada o “Oscar da Sustentabilidade”, tem previsão de reunir 1.600 pessoas. A premiação ocorre durante a Earthshot Week, um ciclo de eventos para conectar lideranças ambientais, empreendedores, financiadores e comunidades.
Quem chegava ao evento ouvia a bateria da Beija-Flor, tradicional escola de samba carioca. O tapete verde, posicionado abaixo de uma arte com a frase “o clima é de ação”, reuniu celebridades de todo o mundo.
A premiação
O Earthshot foi criado em 2020 pelo príncipe William inspirado no conceito de "moonshot" do ex-presidente americano John Kennedy (o desafio de colocar o homem na Lua com uma década de esforço nos anos 1960), e busca aplicar o mesmo espírito para enfrentar a crise climática e ambiental. O prêmio, que acontece pela primeira vez na América Latina, destaca soluções inovadoras para desafios socioambientais ao longo desta década, considerada crucial.
O valor desta quinta edição da premiação é de £ 1 milhão (cerca de R$ 7,2 milhões) que são concedidos a projetos, organizações ou indivíduos que apresentem soluções transformadoras e capazes de ganhar escala. Pelo volume financeiro e pelo prestígio, o Earthshot é às vezes apelidado de o "Nobel" do meio ambiente.
Projetos brasileiros finalistas
O Brasil tem dois projetos entre os finalistas deste ano. Os organizadores do Fundo Florestas Tropicais Para Sempre (TFFF) e a startup de restauração florestal re.green foram indicados na categoria que trata de recomposição de ecossistemas terrestres.
Os finalistas do Earthshot participam de um programa de um ano, onde contam com mentoria e conseguem visibilidade internacional para seus projetos que visam propor soluções para os desafios das mudanças climáticas.