Alckmin comemora avanço nas negociações entre Brasil e EUA: 'próximo passo é excluirmos mais produtos'

 

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Segundo o vice-presidente, antes da medida, 35% dos produtos estavam submetidos a altas tarifas, e agora esse número representa 22%. O presidente em exercício Geraldo Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, celebrou o que chamou de “avanço” — nas negociações entre Brasil e Estados Unidos — com a retirada da tarifa de 50% pra mais de duzentos produtos brasileiros exportados.

Segundo Alckmin, antes da medida, 35% dos produtos estavam submetidos a altas tarifas, e agora esse número representa 22%, o que é um alívio, mas não significa que o trabalho acabou.

Em videoconferência durante evento em São Paulo, o presidente em exercício falou sobre o trabalho que continua e o cenário de comércio entre os dos países

"Qual o próximo passo? O próximo passo é excluirmos mais produtos e reduzirmos a alíquota. Temos o desafio da manufatura, máquinas, motores, produtos industrializados, madeira ainda, muita coisa, mesmo alimentos ficaram de fora, mel, é um conjunto de produtos. Então o trabalho vai ser continuar agora esse avanço. Do ponto de vista tarifário, dos dez produtos que os Estados Unidos mais vende para nós, oito a tarifa é zero. Então dos dez produtos exportados para o Brasil, oito, zero é a tarifa e a tarifa média é 2,7%. Então a tarifa já é baixa e por isso que os Estados Unidos tem superávit na balança comercial com o Brasil."

A secretária do Comércio Exterior do ministério, Tatiana Prazeres, chamou as tarifas impostas pelos Estados Unidos como extraordinárias, sem precedentes e preocupantes, e reforçou que ainda há muito trabalho pela frente, já que 22% dos produtos brasileiros seguem taxados.

a secretaria pediu ainda apoio do congresso para votar a medida provisória com políticas para amenizar os impactos do tarifaço antes que ela caduque. A validade da MP é até o dia 11 de dezembro.

"É muito importante que haja apreciação pelo Congresso Nacional, tanto da MP, do Plano Brasil Mais Soberano, quanto também do PLP, que estabelece o reintegra especial para os Estados Unidos, ou seja, que devolverá para o exportador, seja para os Estados Unidos, seja para outros destinos, um resíduo de 3, 1% para aquelas empresas especialmente afetadas pelo tarifaço. Então, todo o nosso interesse é que haja a aprovação dessas duas peças pelo Congresso Nacional. Obrigada. Ontem o vice-presidente fez referência a uma possível nova medida provisória, mas eu não vou acrescentar nada em relação ao que ele disse ontem."

Uma das ideias do governo é editar uma nova MP caso o congresso não aprove a medida que está em vigor.

A secretária falou durante encontro para debater os impactos do tarifaço norte-americano, realizado na Câmara americana de comércio,

A ordem executiva de Trump removeu a tarifa adicional para a importação de 238 produtos do Brasil, alguns muito importantes para os americanos, como café, carne bovina, cacau, frutas, sucos, entre outros.

No entanto, a sobretaxa continua valendo para produtos industriais (como máquinas, motores e móveis), calçados, peixe, mel e café solúvel.