Airbags e IA: engenheiros de Dubai criam avião que pode se salvar sozinho; entenda

 

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Em 12 de junho de 2025, o voo AI171 da Air India decolou de Ahmedabad com destino a Londres e caiu 32 segundos após a partida, matando 241 pessoas a bordo e 19 no solo. A causa: ambos os motores perderam potência repentinamente devido ao corte de combustível, deixando pilotos e passageiros sem opções.

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Esse desastre inspirou dois jovens engenheiros do Instituto de Tecnologia e Ciência Birla, em Dubai, a criarem uma solução radical para salvar vidas em situações extremas. Eshel Wasim e Dharsan Srinivasan desenvolveram o Projeto Rebirth, um sistema de sobrevivência para aviões que utiliza inteligência artificial e tecnologias inovadoras para transformar acidentes fatais em pousos possíveis.

O conceito é ousado: se uma queda for inevitável, sensores e IA monitoram continuamente parâmetros como altitude, velocidade, status dos motores, direção e resposta do piloto. Segundo o New York Post, se uma colisão for iminente abaixo de 3.000 pés, o sistema é ativado automaticamente, embora o piloto ainda possa desativá-lo manualmente.

Os airbags (na foto) são ativados rapidamente, envolvendo o nariz, a cauda e a barriga em menos de dois segundos

Divulgação

O Rebirth combina airbags externos que envolvem o nariz, a barriga e a cauda da aeronave, formando uma cápsula protetora capaz de absorver impactos, com fluidos inteligentes que se tornam mais viscosos sob pressão para dissipar energia e motores capazes de gerar empuxo reverso, reduzindo a velocidade de descida.

O Projeto Rebirth ainda está no campo das ideias, mas já chamou atenção internacional. A dupla inscreveu o conceito no Prêmio James Dyson 2025, uma competição de design que oferece £ 30 mil (cerca de R$ 219 mil) ao vencedor global para desenvolver sua ideia. “Minha mãe não conseguia dormir depois do acidente de Ahmedabad. Ela não parava de pensar no medo que os passageiros e pilotos deviam sentir, sabendo que não havia saída. Esse desamparo nos assombrava”, contou Eshel Wasim ao The Sun.

Embora ainda precise de testes e aprovação regulatória, o projeto representa uma visão ousada do futuro da aviação: um sistema que não espera pelo pior, mas age para evitá-lo.