
Adeus, mouse | Novos — porém bizarros — formatos reduzirão lesões, aponta estudo

O tradicional mouse pode estar prestes a passar por uma transformação radical. Um estudo publicado no periódico ACM Interactions (edição de setembro-outubro de 2025) apresentou dois protótipos inovadores de mouse ergonômico: o Fleximouse e o modelo em A-frame. Ambos foram desenvolvidos para reduzir os movimentos repetitivos do punho e, assim, diminuir o risco de lesões por esforço repetitivo (LER). Digitar no celular com o polegar é errado e pode causar inflamação Ficar muito tempo sentado prejudica até pessoas jovens e ativas, aponta estudo O primeiro protótipo, chamado Fleximouse, tem um corpo de malha flexível que responde a apertos. Diferente do mouse convencional, que precisa ser constantemente levantado e reposicionado, este permite controlar o cursor alterando a pressão da mão. Segundo os pesquisadores, isso reduz significativamente a necessidade de movimentar o punho e o antebraço centenas de vezes por hora. Durante os testes com 28 estudantes da KTH Royal Institute of Technology, muitos usuários classificaram o Fleximouse como “divertido” e funcional. No entanto, alguns sentiram falta de recursos clássicos, como a roda de rolagem, o que mostra que a adaptação ao novo formato pode exigir tempo. -Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.- Já o modelo A-frame, desenvolvido em parceria com a Melbourne School of Design, adota uma estrutura vertical semelhante a uma pequena tenda. Esse formato mantém os ossos do antebraço (rádio e ulna) paralelos, evitando a torção constante gerada pelo uso do mouse tradicional. Além de oferecer uma pegada mais natural, o design possui menos peças móveis, o que o torna mais durável. Entretanto, os pesquisadores identificaram um desafio: mesmo pequenas diferenças no tamanho das mãos impactaram o conforto. Isso indica a necessidade de versões ajustáveis ou personalizadas para diferentes usuários. Apesar das críticas, os dois modelos mostraram redução significativa na reposição do punho, um dos principais fatores de dor e desconforto. Com avanços em impressão 3D, eletrônica flexível e robótica macia, os cientistas acreditam que o mouse poderá ser tão personalizado quanto roupas ou calçados. Leia também: Qual é o máximo de horas que podemos ficar sentados sem fazer mal à saúde? O que significa a dor muscular no pós-treino de musculação? VÍDEO | Produto Pra Mexer o Mouse Sozinho! Leia a matéria no Canaltech.